terça-feira, 27 de abril de 2010

CASAMENTO



O casamento é a história romântica mais feliz da nossa vida. Todos nós sempre sonhamos com este grande dia (que se mistura como um conto de fadas).

O casamento é uma festa de grande dimensão e em simultâneo um contrato. Houve e sempre haverá um fascínio pela «pompa e a circunstância» dos casamentos: a saudade dos contos de fadas.

O ritualização e a festa constituem momentos de memórias para mais tarde recordar e sonhar.
Casamento, matrimónio é vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental. Deve ser baseado em ideais puros e sentimentos recíprocos numa relação afectiva entre duas pessoas. Mas o casamento é também é um contrato com a finalidade do compromisso da fidelidade e sexo. Casar é um acto de conformidade em que se obtém licença legal para ter filhos com honoralidade social dentro da legalidade.

Pequena resenha histórica do casamento

A união e a família faz parte de uma realidade social, construída junto com a evolução da humanidade. Durante séculos, as pessoas passavam por rituais da corte, com um parceiro, e então partiam directamente para o casamento que deveria ser para toda a vida. Uma união que pretendia a procriação, passou também por cotas ligadas ao valor das propriedades, à conquista das terras e aos acordos políticos entre os nobres.
O casamento era essencialmente um acto de aquisição. O noivo adquiria a noiva, a transacção era selada por meio de pagamento de uma moeda de ouro ou de prata.

No passado um jovem casal, que iniciava a vida a dois, tinha suporte emocional e logístico, pois contava com o apoio da família (antes numerosa).

Nos anos 60, recordo-me perfeitamente, ainda se fazia negócio dos bens antes do casamento. A noiva tinha que levar dote.



O casamento de hoje

Se olharmos a história do casamento ao longo dos séculos, as mudanças hoje registadas estão relacionadas com a mudanças da mulher na sociedade. As mulheres trabalham como o homem e partilham com ele o fardo conjugal. A modernidade trouxe dificuldades aos casais. Debaixo do mesmo tecto surgem diferentes ilusões e expectativas pelo que há que cultivar a amizade com indulgência para que o casal funcione. A vida comum é a compreensão, interessar-se, dar e receber. Senão resulta uma batalha muito difícil.

Hoje, infelizmente, o número de divórcios permite-me concluir que algo está a falhar na instituição do casamento. Neste tempos de mudanças, há que reciclar o casamento, reconstruir e dar novas energias e optimismo à relação consagrada.

Os tempos evoluiram, sem duvida. A mulher, hoje em dia, tem os direitos dos homens no trabalho e as mesmas responsabilidades. Mas, antes de casarem, os noivos devem conhecer muito bem a pessoa com quem vão casar.

Não sou contra o divorcio, de maneira nenhuma, mas na ultima instância. Por exemplo: droga, adultério permanente, jogo incontrolável, alcoolismo, etc. Mas, mesmo assim, temos que ajudar e ver qual a razão destes comportamento.

Costumo dizer que a caridade começa em casa.


Algumas dicas para salvar o casamento

Faça um casamento por amor. Hoje em dia não é fácil, mas é possível, com consciência tentar salvar o amor e a alma do casamento, para um bem-estar dos filhos e de nós próprios.
Tem de haver diálogo, convivência civilizada, palavras de apreço, carinho físico, amabilidade, compreensão, espaço e ajuda e respeito.

Os inimigos da desejável boa comunicação são as críticas, ataques pessoais e desprezo.
Quem quer um casamento feliz obriga-se a um desempenho especial. Há regras e estratégias para o casamento funcionar e sabe-se que os pequenos passos levam longe.

A filosofia do casamento não é atracção física. É justamente a harmonia e complementaridade e cumplicidade.

A cultura do casal no casamento reflecte-a sua vitalidade como qualquer coisa importante que liga as pessoas e as estabiliza nas relações.
Conhecer bem o passado, os sentimentos, os gostos são formas de salvaguardar-nos dos aborrecimentos quotidianos; renovar, evoluir e ouvir. O aperfeiçoamento intelectual e espiritual tornam a relação mais atractiva.

Para um casamento funcionar deve partilhar-se o desejo de compromisso para a vida com respeito, honestidade, confiança, intimidade.

Ser-se autónomo não é ser prisioneiro. «Cultivar-se o jardim privado» não será uma vida dupla mas a descoberta de talentos.

Não há igualdade entre homens e mulheres. Os homens e as mulher têm um papel«diferente na sociedade».

A mulher têm mais trabalho que o homem. Sempre foi e sempre será assim, caso queira manter o casamento. Por mais que ele tente colaborar, não tem a capacidade de lidar com toda a situação como: lidar com os serviços domésticos, trabalho, filhos etc., etc.

Ainda nos tempos de hoje a maioria dos homens é mais conservador do que a mulher, no que diz respeito à familia...
A mulher pode proporcionar ao seu marido aquilo que ele quer para se sentir feliz. O homem gosta de se sentir importante. Gosta de ter orgulho na sua própria mulher, que ela esteja bem apresentada, que o acompanhe nos passos mais importantes da sua vida. Quando chegar a casa precisa de tempo e de espaço para ter a sensação que está livre, ler o jornal, mudar de roupa, ter uma cadeira preferida, enfim, pormenores que se conhecem da natureza da psicologia masculina. O homem tem de sentir confiança para estabelecer boa comunicação. É essa a medida da sua relação no casamento.

A mulher deve cultivar a sua intuição, sem todavia confessar ou partilhar todos os seus segredos. Tente ser inteligente.

Se a mulher toma conta do marido como se fosse a sua mãe, deixa de ser a mulher com quem ele casou. A mulher deve trabalhar para sua identidade. Saber dizer não é importante. O orgulho feminino deve ser inteligente. Deve fazer do seu casamento um caso único.

O casamento é um encontro de almas, certas evoluções enriquecem-no mais do que imagina.

Todos os casamentos passam por fazer difíceis; saiba superar os momentos menos bons. O casamento nem sempre cumpre a fantasia que dele se tem.

Na vida de casada não pode mudar o seu marido, mas pode mudar-se a si própria; é a única batalha que pode ganhar.

Se quer o seu marido para sempre, para o melhor e para o pior, deve continuar com coragem e disciplina.

A boa comunicação, é a parte vital do casamento.
A cortesia evita a escalada do mau estar, que é a porta aberta para o rancor.
Penso que vale a pena lutar pelo seu casamento. Foi tudo aquilo que sonhou e fantasiou. O casamento é uma relação estável e promotora de estabilidade, pois é uma declaração pública de compromisso. Não é uma instituição económica.
Lute cada vez mais pelos valores familiares e sociais. Como é importante para si e para os seus filhos a sua estabilidade familiar.

Agradeça todos os dias por ter encontrado a companheira(o) da sua vida. As pessoas não são iguais, completam-se.
A união faz a força

Como é maravilhoso conservar a família enquanto há vida, e não sentir o peso da solidão.

Espero com as minhas pequenas dicas, possam ajudar a ser mais feliz no seu casamento.

Até breve


Maria Helena Ribeiro

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ser educado



Um Mundo melhor está nas suas mãos


As coisas mudam, é verdade. Mas tanto, tanto, eu nunca pensei. As pessoas abandonam as regras de uma boa educação, para não falar já das regras de etiqueta e protocolo.

"De pequenino se torce o pepino" e "Não tomou chá desde pequenino", são expressões dos nossos avós, e que são ainda repetidas pelas pessoas mais educadas e de bom senso e que foram criadas num ambiente de "uma boa educação". Sinceramente, nunca vi tanta gente com um grau académico elevado, mas cujo civismo não é compatível com a educação escolar.
Ora vejamos: nunca vi tanta roupa colocada a secar ou arejar nas janelas e varandas viradas para as ruas principais (frentes), o que, estéticamente, é desolador e, pode até prejudicar os vizinhos que vivem por baixo, com a água que escorre da roupa, com sujidade, etc.
Além disso, esse modo de proceder é inconveniente para os próprios , já que, nesses locais voltados para a rua, a roupa está sujeita a uma maior poluição, aos cheiros de gasolina e a outros desagradáveis, que acabam por enfestar a roupa que se vai usar.
Estamos na época da ecologia e do ambiente, mas, sinceramente, só na teoria porque na prática, quase ou nada se vê. Conheço imensas famílias, com cursos superiores, que têm optimas varandas viradas para as traseiras, mas com a mania de colocar a roupa a secar ou a arejar nas varandas da frente da casa.
Porque não utilizar as varandas das traseiras e transformá-las em marquises? Outros tem bons logradouros e jardins e continuam a colocar roupas nas varandas da frente. Será que o Sr. dos Passos passa todos os dias pela rua? Tenho a certeza absoluta, que, se fosse a procissão do Sr. dos Passos, todas a gente a retiraria. Como vêem, isto é falta de educação e preguiça de descerem umas escadas.
Recordo-me que, quando vivia em África, após a independência, à medida que as casas e os prédios iam sendo ocupados pelos naturais, apareceu a moda de colocarem nas varandas cabritos, porcos, roupa, etc. Samora Machel, num dos seus discursos, disse que o povo não era civilizado nem educado e que queria que retirassem tudo das varandas, pois, caso contrario, regressariam todos aos musseques ou às machambas.
Será que em Portugal, no séc.XXI, também terá que se proceder assim?



Quando entro numa cidade, fico arrepiada por ver tantos trapos de todas as cores e feitios ás varandas, a esvoaçar, e até pessoas a limpar o pó, sujando o prédio e, sobretudo, as varandas dos vizinhos.
Será que os arquitectos não têm a sensibilidade para criaram lugares onde se possa pôr a roupa a secar, sem ser pendurada às janelas? Portugal tem um bom clima e não deveria ser admissível esta situação.

Como estas e outras... por exemplo, ninguém, salvo muitas raras excepções, tem a cortesia de oferecer o lugar aos mais velhos, a uma sra. grávida, a um doente, e, muito pior ainda, a um deficiente, como já vi muitas vezes acontecer.

Outro exemplo é a utilização da viatura automóvel. Até me arrepio quando conduzo e vejo como as pessoas se comportam. Não há nenhum respeito pelo próximo. Aonde estão as regras da boa da educação? Raramente se respeita a sinalização, como, por exemplo, utilizando os lugares reservados a deficientes e/ou a grávidas, estacionando mal a viatura, ocupando mais que um lugar, etc.

As regras de uma boa educação ensinam-se em casa, nos infantários e nas escolas. Mas, quem são hoje os professores que nem sequer podem repreender um aluno?
Como estes exemplos e outros e outros, que jamais teria fim. É o Mundo em que estamos a viver neste momento, sem regras de uma boa educação e boas maneiras.


Não sou contra o 25 de Abril, de maneira nenhuma, até porque sou Social Democrática, mas reconheço que há o reverso da medalha. Portugal ainda não encontrou o ponto de equilíbrio entre a boa educação e respeito e a liberdade. As pessoas perderam o respeito pelos mais velhos e para com eles próprios. A maioria esqueceu-se das regras da boa educação e das boas maneiras, e ainda não se consciencializaram do que é a liberdade.

Como temos pessoas formadas sem bases? Será que os professores são obrigados a passá-los?. É verdade que vivemos numa sociedade em que anda tudo aos trambolhões.
Quando as pessoas dizem somos todos iguais, eu questiono-me, muitas vezes, se isso é verdade... A educação não tem nada a ver com os graus académicos, mas sim com o meio e ambiente em que vivem e que frequentam.


Na vida todo se aprende. O seu sucesso está no comportamento e nas regras bem de estar.
Aprenda as regras de uma boa educação e aplique-as constantemente em casa, no trabalho e na rua.

Respeite para que seja respeitado. Não perca a oportunidade de melhorar continuamente a sua educação cívica e tenha como regra que nunca deve fazer aos outras aquilo que não quiser que façam a si. Temos de ser mais civilizados.


Até breve.



Maria Helena Ribeiro